Aconteceu no tempo e já não está acontecer. Foi há doze anos. Na tela dos corações caídos as nuvens erráticas passavam mais rapidamente do que no mundo do real. Até que o fim chegou. Só podia acontecer…
Fadinha diz:
«Quem sabe? Só um segundo, tá?»
Bem me custou agarrá-la. Fugia sempre como uma enguia. Esforcei-me por várias vezes para lhe chamar a atenção, sempre sem qualquer resultado. Até que um dia aconteceu mesmo. Pude estabelecer diálogo com ela.
«Agora, sim, já podemos falar. Será mesmo?»
Ainda por cima era brincalhona.
«Fugiu? Perdeu a varinha de condão?»
:( (triste)
«Fugiu mesmo. Fadinhaaaaaaa!»
«Sou de Lisboa. E tu?»
Pois sim.
«Ainda estou aqui, Fadinha. Será que não consegues contactar?»
«Quem sabe? Só um segundo, tá?»
Bem me custou agarrá-la. Fugia sempre como uma enguia. Esforcei-me por várias vezes para lhe chamar a atenção, sempre sem qualquer resultado. Até que um dia aconteceu mesmo. Pude estabelecer diálogo com ela.
«Agora, sim, já podemos falar. Será mesmo?»
Ainda por cima era brincalhona.
«Fugiu? Perdeu a varinha de condão?»
:( (triste)
«Fugiu mesmo. Fadinhaaaaaaa!»
«Sou de Lisboa. E tu?»
Pois sim.
«Ainda estou aqui, Fadinha. Será que não consegues contactar?»
«...»
«Acorda-me com a tua varinha mágica!»
«...»
«Adeus...»
«Adeus? Nossa, quanto tempo alguém me dá um adeus! Nem lembrava mais que essa palavra existia.»
A esperança a nascer. Mas ela estava brava com a história do adeus. Tão brava que desistiu de imediato do jogo do gato e do rato e apareceu na "tela dos corações caídos".
«Adeus pode não ser para sempre...» Desculpei-me.
«Adeus é uma palavra muito forte!»
«Nunca se sabe...»
«Adeus é pra sempre.»
«Então, fica assim: adeus, até quando queiras!»
«Adeus... é pra sempre.»
«Se pensas assim... mas para mim é até à vista! Quem manda no nosso destino?»
«A gente mesmo, por isso escolhemos as palavras... aí quando a gente acha que deve ser, diz ADEUS...»
«Adeus, até amanhã; adeus, até para a semana; adeus, até sempre... e nunca para sempre!»
Ausência de palavras da parte dela.
«Até pra sempre. Assim o queres. Apesar de tudo, foi um prazer ter contactado contigo.»
Fingi uma retirada. Estratégia perigosa.
«Pra mim também, apesar de vc usar adeus. Eu nunca uso essa palavra, pois geralmente iria me arrepender...»
«Eu não me arrependo porque o meu adeus é um adeus sem dizer adeus...»
Rindo.
«Então vc fala o que não é pra falar. Viuuuuuu... por isso não falo.»
«O seu sorriso encanta-me.»
Difícil descobrir no virtual a magia de um sorriso. Mas vá lá, uma pequena mentira não fazia mal. Até porque ela parecia ser uma mulher alegre.
:D (sorriso aberto)
«Vc ainda não viu ao vivo.»
:D (sorriso aberto):-> (envergonhada)
Porquê, envergonhada?
«Se me quer conhecer melhor, procure-me. Estou por aqui...»
«Foi mesmo um adeus definitivo e disse até amanhã!»
«É sério? O que é utopia pra vc? Não quero ler isso tudo.»
«Então não leia. Para mim, utopia é algo que só se realiza num futuro longínquo. Portanto, impossível. Não leia, Fadinha.»
«Utopiaaaaaaa... utopia... aquilo que a gente vislumbra... sabe que pode existir mas continua desacreditando, mesmo que tenha quase que certeza que é possível existir.»
«Esqueça. Também ia conhecer-me pior.»
=)) (gargalhando)
«Pq?»
«Se lesse…»
«Pq vc nem acredita em nada? Por isso eu não li. Vi que começava a ser meio triste.»
«Minto mais quando escrevo histórias.»
«O quê? Vê o lado ruim?»
«Para me esconder atrás delas...»
«Utopia é o que faz o mundo girar... e girar pra frente!»
«Isso é a bola colorida nas mãos duma criança. O sonho é que faz o mundo andar para a frente. O homem sonha e a obra nasce.»
«Isso mesmo. Os sonhos criam e a criação delineia o mundo.»
:-? (pensando)
«Será que pode conhecer-me melhor? Nem com a varinha de condão?»
«Varinha de condão?»
«As fadas usam varinhas de condão e fazem magia branca com elas.»
«Mas eu só faço magia branca... Quer encarar?»
«Por isso é uma fada.»
Riso ao contrário?
«Não acredita?»
«Seus piores pensamentos se transformam em sonhos dourados... em diversas possibilidades utopias que se transformam no real.»
«Não tenho pensamentos maus. Sou positivo. O subconsciente é que manda em mim e traz os pensamentos maus.»
«Rsrsrs! Quem manda em quem????? Me diz...»
«Desculpa, mas apareceu outra vez o contacto negado e eu não pedi nada. Alguém anda a gozar connosco. Eu mando em mim... quando posso!»
«Eu não pedi nada.»
«Diz assim: "a fadinha da lagoa azul não aceitou o pedido..." etc e tal.»
«Eu não pedi nada.»
«Eu tb não pedi nada. Afinal quem está a mandar em nós?»
«Ninguém manda em mim, pelo menos...»
«Qual é o seu signo, Fadinha?»
«Aries.»
«Logo vi. Eu sou Leão.»
«Imagina pq não mandam?»
:-P (cara de sapeca)
«Metido.»
«Kkkkkkk...»
«Porque és descasada! Metido? Não percebo. Acertei?»
«Mais ou menos.»
«Eu também. Ando há muito à procura da minha alma gémea. Mas não encontro...»
«Meu nodo norte é escorpião. Por isso sou assim.»
«A tua varinha mágica dava-me muito jeito. Emprestas-me...?»
«Isso é particular. Varinhas mágicas só funcionam com o dono. Uma nasceu para a outra.»
«Nem fazes um milagre?»
«Faço muitos... mas não se fazem milagres sem que a pessoa a quem a gente faz a magia queira ser enfeitiçada.»
«Eu quero.»
«E o que vc quer de verdade? Tem que querer mesmo.»
«Amizade. Depois... que será, será.»
«Amizade. Varinha mágica disse sim.»
«Obrigado.»
«De nada.»
«Também tem a minha amizade.»
=D> (aplausos)
«Mas não leia as minhas histórias, tá?»
«Claro que não... só dei uma olhadinha de leve. Nada de coisas tristes. Queres te sorrir?, ou ser meio melodramático?»
«Eu só escrevo coisas tristes. Por isso, não leia. Ensine-me a ser alegre.»
«Sorria.»
:D (sorriso largo)
«Assim?»
«Eu não posso ensinar ninguém ser alegre... Alegria vem de dentro. Eu só posso ser alegre.»
«Então dá-me um pouco da tua alegria!»
«Aí se alguém me vir alegre... quem sabe?, fica alegre também?»
«Sim.»
«Na minha casa.»
:D (sorriso largo):-* (beijo)=)) (rolando a rir)
«Agora sim...»:-* (beijo meu)
«É tão bom!»
«E a tua casa onde fica?»
«Fica no Brasil. Sorrir faz bem à alma. Por isso sou simpática.»
«Tão longe!»
«Logo ali... Além-mar... Rapidinho... Rápido como um pensamento.»
«Já veio a Portugal?»
«Não. Estive na Espanha.»
«Má escolha.»
Pausa.
«Se um dia nos namorássemos ia ser cá uma guerra! Eu Leão/Dragão e você Carneiro com ascendente Escorpião. Já viu no que dava?»
«Rsrs... Quem disse que deveria ser guerra?»
«Não acredita... Mas o grande amor da minha vida foi uma mulher Carneiro.»
«Poderia ser uma aliança... todas as possíveis qualidades juntas. Carneirinho.»
«Tinha que haver cedências mútuas. É novinha?»
«Que é novinha? Cedências? Não existe isso...»
Depois, no seguimento do embate entre Carneiro e Leão, falou em acomodação.
«Acomodação?»
Para ela devia significar entendimento entre um e outro. Para nós, portugueses, o significado era diferente. Acomodação era só de um, ou talvez dos dois. Muito negativo. Certamente que levava à destruição dos dois. Não deu resposta e despediu-se, prometendo voltar.
«Porquê?»
Uma pergunta enigmática. Provavelmente, na noite em que estava ensonado, disse algum palavrão sem querer, ou ainda pior.
Voltei a dizer adeus?
Resolvi deixar-lhe uma mensagem que achei ser razoável. Uma tentativa de me reconciliar com uma mulher que fez sempre a apologia da boa disposição e ficou incomodada com qualquer coisa que me ultrapassou. Mas não respondeu. Amarrou de vez os burros...
Enviei uma última mensagem.
«Sei que estás offline, mas preciso de escrever-te. Às 3H30M da manhã é muito tarde para mim. Não arrumas outra hora? Gostei muito de falar contigo, acredita. Fizeste-me sentir uma pessoa diferente.»
Nunca mais voltou à "tela dos corações caídos"...
«Acorda-me com a tua varinha mágica!»
«...»
«Adeus...»
«Adeus? Nossa, quanto tempo alguém me dá um adeus! Nem lembrava mais que essa palavra existia.»
A esperança a nascer. Mas ela estava brava com a história do adeus. Tão brava que desistiu de imediato do jogo do gato e do rato e apareceu na "tela dos corações caídos".
«Adeus pode não ser para sempre...» Desculpei-me.
«Adeus é uma palavra muito forte!»
«Nunca se sabe...»
«Adeus é pra sempre.»
«Então, fica assim: adeus, até quando queiras!»
«Adeus... é pra sempre.»
«Se pensas assim... mas para mim é até à vista! Quem manda no nosso destino?»
«A gente mesmo, por isso escolhemos as palavras... aí quando a gente acha que deve ser, diz ADEUS...»
«Adeus, até amanhã; adeus, até para a semana; adeus, até sempre... e nunca para sempre!»
Ausência de palavras da parte dela.
«Até pra sempre. Assim o queres. Apesar de tudo, foi um prazer ter contactado contigo.»
Fingi uma retirada. Estratégia perigosa.
«Pra mim também, apesar de vc usar adeus. Eu nunca uso essa palavra, pois geralmente iria me arrepender...»
«Eu não me arrependo porque o meu adeus é um adeus sem dizer adeus...»
Rindo.
«Então vc fala o que não é pra falar. Viuuuuuu... por isso não falo.»
«O seu sorriso encanta-me.»
Difícil descobrir no virtual a magia de um sorriso. Mas vá lá, uma pequena mentira não fazia mal. Até porque ela parecia ser uma mulher alegre.
:D (sorriso aberto)
«Vc ainda não viu ao vivo.»
:D (sorriso aberto):-> (envergonhada)
Porquê, envergonhada?
«Se me quer conhecer melhor, procure-me. Estou por aqui...»
«Foi mesmo um adeus definitivo e disse até amanhã!»
«É sério? O que é utopia pra vc? Não quero ler isso tudo.»
«Então não leia. Para mim, utopia é algo que só se realiza num futuro longínquo. Portanto, impossível. Não leia, Fadinha.»
«Utopiaaaaaaa... utopia... aquilo que a gente vislumbra... sabe que pode existir mas continua desacreditando, mesmo que tenha quase que certeza que é possível existir.»
«Esqueça. Também ia conhecer-me pior.»
=)) (gargalhando)
«Pq?»
«Se lesse…»
«Pq vc nem acredita em nada? Por isso eu não li. Vi que começava a ser meio triste.»
«Minto mais quando escrevo histórias.»
«O quê? Vê o lado ruim?»
«Para me esconder atrás delas...»
«Utopia é o que faz o mundo girar... e girar pra frente!»
«Isso é a bola colorida nas mãos duma criança. O sonho é que faz o mundo andar para a frente. O homem sonha e a obra nasce.»
«Isso mesmo. Os sonhos criam e a criação delineia o mundo.»
:-? (pensando)
«Será que pode conhecer-me melhor? Nem com a varinha de condão?»
«Varinha de condão?»
«As fadas usam varinhas de condão e fazem magia branca com elas.»
«Mas eu só faço magia branca... Quer encarar?»
«Por isso é uma fada.»
Riso ao contrário?
«Não acredita?»
«Seus piores pensamentos se transformam em sonhos dourados... em diversas possibilidades utopias que se transformam no real.»
«Não tenho pensamentos maus. Sou positivo. O subconsciente é que manda em mim e traz os pensamentos maus.»
«Rsrsrs! Quem manda em quem????? Me diz...»
«Desculpa, mas apareceu outra vez o contacto negado e eu não pedi nada. Alguém anda a gozar connosco. Eu mando em mim... quando posso!»
«Eu não pedi nada.»
«Diz assim: "a fadinha da lagoa azul não aceitou o pedido..." etc e tal.»
«Eu não pedi nada.»
«Eu tb não pedi nada. Afinal quem está a mandar em nós?»
«Ninguém manda em mim, pelo menos...»
«Qual é o seu signo, Fadinha?»
«Aries.»
«Logo vi. Eu sou Leão.»
«Imagina pq não mandam?»
:-P (cara de sapeca)
«Metido.»
«Kkkkkkk...»
«Porque és descasada! Metido? Não percebo. Acertei?»
«Mais ou menos.»
«Eu também. Ando há muito à procura da minha alma gémea. Mas não encontro...»
«Meu nodo norte é escorpião. Por isso sou assim.»
«A tua varinha mágica dava-me muito jeito. Emprestas-me...?»
«Isso é particular. Varinhas mágicas só funcionam com o dono. Uma nasceu para a outra.»
«Nem fazes um milagre?»
«Faço muitos... mas não se fazem milagres sem que a pessoa a quem a gente faz a magia queira ser enfeitiçada.»
«Eu quero.»
«E o que vc quer de verdade? Tem que querer mesmo.»
«Amizade. Depois... que será, será.»
«Amizade. Varinha mágica disse sim.»
«Obrigado.»
«De nada.»
«Também tem a minha amizade.»
=D> (aplausos)
«Mas não leia as minhas histórias, tá?»
«Claro que não... só dei uma olhadinha de leve. Nada de coisas tristes. Queres te sorrir?, ou ser meio melodramático?»
«Eu só escrevo coisas tristes. Por isso, não leia. Ensine-me a ser alegre.»
«Sorria.»
:D (sorriso largo)
«Assim?»
«Eu não posso ensinar ninguém ser alegre... Alegria vem de dentro. Eu só posso ser alegre.»
«Então dá-me um pouco da tua alegria!»
«Aí se alguém me vir alegre... quem sabe?, fica alegre também?»
«Sim.»
:):D;) :"> :-P> :D< (alegre; sorriso largo; olhar 43; aquele abraço)
«Onde vive? Você é um amor, fadinha...»«Na minha casa.»
:D (sorriso largo):-* (beijo)=)) (rolando a rir)
«Agora sim...»:-* (beijo meu)
«É tão bom!»
«E a tua casa onde fica?»
«Fica no Brasil. Sorrir faz bem à alma. Por isso sou simpática.»
«Tão longe!»
«Logo ali... Além-mar... Rapidinho... Rápido como um pensamento.»
«Já veio a Portugal?»
«Não. Estive na Espanha.»
«Má escolha.»
Pausa.
«Se um dia nos namorássemos ia ser cá uma guerra! Eu Leão/Dragão e você Carneiro com ascendente Escorpião. Já viu no que dava?»
«Rsrs... Quem disse que deveria ser guerra?»
«Não acredita... Mas o grande amor da minha vida foi uma mulher Carneiro.»
«Poderia ser uma aliança... todas as possíveis qualidades juntas. Carneirinho.»
«Tinha que haver cedências mútuas. É novinha?»
«Que é novinha? Cedências? Não existe isso...»
Depois, no seguimento do embate entre Carneiro e Leão, falou em acomodação.
«Acomodação?»
Para ela devia significar entendimento entre um e outro. Para nós, portugueses, o significado era diferente. Acomodação era só de um, ou talvez dos dois. Muito negativo. Certamente que levava à destruição dos dois. Não deu resposta e despediu-se, prometendo voltar.
Mas a Fadinha voltou em mau momento. Passava das três da manhã quando meti a chave à porta. Estava ensonado pelas muitas horas que passara fora de casa. Que o sono começava a tomar conta de mim, era uma realidade. Apesar de tudo resolvi ainda ligar o computador e tive logo uma surpresa quando entrei nos meandros da net e constatei que a Fadinha estava online e pretendia conversar. Trocámos duas ou três frases de cujo conteúdo não me lembro e despedi-me logo porque não conseguia dizer coisa com coisa, tal era o sono. Aconteceu tudo muito rápido e talvez que não fosse abonatório. Qualquer coisa falhou e não sei o que foi.
No dia seguinte, quando liguei o computador, havia uma mensagem sua offline, resumida numa só palavra:«Porquê?»
Uma pergunta enigmática. Provavelmente, na noite em que estava ensonado, disse algum palavrão sem querer, ou ainda pior.
Voltei a dizer adeus?
Resolvi deixar-lhe uma mensagem que achei ser razoável. Uma tentativa de me reconciliar com uma mulher que fez sempre a apologia da boa disposição e ficou incomodada com qualquer coisa que me ultrapassou. Mas não respondeu. Amarrou de vez os burros...
Enviei uma última mensagem.
«Sei que estás offline, mas preciso de escrever-te. Às 3H30M da manhã é muito tarde para mim. Não arrumas outra hora? Gostei muito de falar contigo, acredita. Fizeste-me sentir uma pessoa diferente.»
Nunca mais voltou à "tela dos corações caídos"...

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